
ENTENDENDO SOBRE A ESCOLIOSE E COMO A FISIOTERAPIA PODE TE AJUDAR
Publicado: 23/09/2025
A escoliose é mais do que apenas uma curvatura na coluna – ela afeta a postura, a mobilidade e, muitas vezes, a autoconfiança. Saiba como a fisioterapia auxilia os pacientes no controle das alterações e na melhora de qualidade de vida.
ENTENDENDO SOBRE A ESCOLIOSE E COMO ELA MODIFICA O CORPO.
A escoliose é um termo usado para descrever a curvatura lateral da coluna vertebral. Representando a combinação de regiões da coluna vertebral que sofrem alterações nos planos de forma tridimensional, ou seja, sofre alterações nos planos frontal, sagital e transversal de forma rotacional, podendo acometer a coluna cervical, torácica e ou lombar.
O tipo mais comum é a escoliose idiopática que afeta cerca de 80%-90% de todos os pacientes com escoliose. É chamada de idiopática por não ter uma causa conhecida, sendo considerada multifatorial.
O grupo das escolioses idiopáticas é dividido em três subgrupos que são determinados pelo momento em que as primeiras características escolióticas são detectadas. Sendo eles:
- Escoliose Idiopática Infantil – detectada de 0 – 3 anos.
- Escoliose Idiopática Juvenil – detectada 4 – 9 anos.
- Escoliose Idiopática do Adolescente – detectada 9 – 17 anos – as mais comuns no âmbito clínico.
O diagnóstico de escoliose se da a partir de alguns princípios, como:
Mensuração do ângulo de Cobb que é feito a partir da radiografia, sendo que é preciso ter: Ângulo de Cobb maior que 10°.
E por meio do Teste de Adam's, feito no ambulatório médico - flexionando o tronco para frente e observando se há assimetria entre os dois lados, ou seja, um lado maior que o outro. Isso significa que há uma rotação vertebral.
Além de alterações, como: assimetria de ombros, pelve e escapulas.
Como a fisioterapia pode te ajudar.
O tratamento para escoliose é realizado conforme o grau da curva e as diretrizes de desenvolvimento do paciente com o diagnóstico, sendo levado em consideração a angulação por meio do Ângulo de Cobb;
0 – 10° Assimetria Vertebral.
10°-25° Exercícios Específicos para escoliose.
25°-45° Colete 3D + Exercícios Específicos.
Acima de 45° Cirúrgico.
A grande maioria dos casos são tratados de forma conservadora, por meio do uso do colete e/ou somente os exercícios específicos para escoliose.
A escoliose idiopática não tem cura, porém tem tratamento, metas e objetivos traçados com os especialistas que acompanham o caso individualmente e direcionado de forma específica para cada caso e paciente.
Como nível de evidência A hoje é utilizado o Método Schroth como primeiro passo para o tratamento nas escolioses idiopáticas.
O método é Schroth tem o fundamento baseado no tratamento em blocos, levando em consideração as deformidades da coluna vertebral no plano tridimensional.
Os elementos básicos constituídos por este método é a informação ao paciente, sendo de extrema importância que cada individuo saiba sobre a doença, como ela ocorre e o que ela causa para que assim possa ser iniciado os exercícios específicos e principalmente a neuromodulação quando o paciente com escoliose começa executar o tratamento proposto no dia- a – dia.
Objetivo principal do tratamento:
- Interromper o processo de progressão da escoliose;
- Evitar a cirurgia e uso e órtese.
- Desacelerar ou prevenir a progressão da curva.
- Estabilizar as correções da coluna vertebral em três dimensões.
- Melhorar a mobilidade da torácica e consequentemente melhorar a capacidade respiratória.
- Melhorar a estética corporal – levando a simetria do tronco.
- Além de, consciência postural e controle das alterações posturais.
Com tudo alinhado entre terapeuta x médico x paciente inicia-se o tratamento com direcionamento e especificidade de forma individualizada.